Diretores da APP-Sindicato/Foz debatem educação na Câmara de Vereadores de Foz

Com o objetivo de discutir políticas de educação, com ênfase no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de Foz do Iguaçu), a Câmara de Vereadores promoveu audiência pública nesta quarta-feira. Dirigentes da APP-Sindicato/Foz participaram do encontro para fazer o contraponto às posições que tendem a defender o ensino público voltado para o mercado.

A pedagoga Cátia Castro e o professor Silvio Benitez, presidenta e secretário de Política Sindical da APP-Sindicato/Foz, usaram a tribuna para denunciar o processo de desmonte da escola pública no Brasil, em todos os níveis de ensino. Cortes no orçamento, salários baixos, estruturas precárias e desvalorização profissional foram alguns dos pontos apresentados pelos dirigentes sindicais para demonstrar que educação não é prioridade dos governos.

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Cátia Castro: “Grande tentativa de privatização da educação” 

Os diretores da APP-Sindicato/Foz refutaram a eficácia do IDEB e de outras formas exames como ferramenta para aferir a qualidade do ensino. “Os interesses marcam as disputas no campo da educação e hoje existe grande tentativa de privatização da educação. A educação é processo formativo. Minha maior dúvida enquanto professora é avaliar quanto uma nota corresponde ao aprendizado”, apontou Cátia Ronsani.

Em sua intervenção, a professora Cátia ressaltou os 71 anos da APP-Sindicato, celebrados dia 26 de abril, e relembrou os episódios de violência contra os educadores. “A APP completa 71 anos de luta pela valorização dos educadores/as e em defesa da qualidade do ensino.”, afirmou. “Domingo serão três anos do Massacre de 29 de Abril, em que Beto Richa comandou uma repressão violenta contra nossa categoria”, completou.

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Silvio Benitez: “IDEB não é um indicador confiável”

Para Silvio Benitez, que pesquisa o IDEB e o utilizou como objeto de estudo para o trabalho de conclusão de curso de mestrado, o sistema de avaliação utilizado pelo município de Foz do Iguaçu não é confiável. “A conclusão da nossa pesquisa é que o IDEB não é um indicador confiável, ele apresenta fragilidades como falseamento dos seus resultados. Ele peca pelo reducionismo da avaliação”, destacou.

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