Racismo estrutrual em tempo de pandemia: nota do Conselho Estadual da APP

O assassinato de George Floyde nos EUA, que filmado em tempo real, desencadeou, mesmo nesse período de pandemia, uma série de manifestações mundiais de denúncias contra o racismo estrutural, a violência policial e todas as formas opressões ao povo negro.

No Brasil os manifestantes também saem às ruas para condenar o fascismo e o racismo. Os atos relembram violências acorridas contra a população negra. Os manifestantes, na sua maioria jovens, não se intimidaram com a ação truculenta da polícia antes, durante e depois dos atos do dia 31 de maio.

Além do assassinato de George Floyd nos EUA, as mobilizações também lembram as mortes dos garotos, João Felipe, morto pela polícia dentro de sua própria casa em São Gonçalo no Rio de Janeiro, de Miguel deixado de forma negligente pela patroa de sua mãe no elevador levando o garoto à morte, dentre outras mortes que foram invisibilizada por esse racismo estrutural.

Tragédias contra pessoas negras no Brasil acontecem a todo instante, mesmo após 132 anos da abolição [inacabada] da escravidão, as desigualdades são gritantes. As mulheres negras são as maiores vítimas da violência doméstica, a taxa de desemprego entre os negros é maior do que entre os brancos, entre as vítimas do covid 19, a população negra é a maioria, na educação em tempos de epidemia já constatamos que 60% dos(as) estudantes não tem acesso às tecnologias para acompanharem as aulas remotas. Isso não é vitimismo, é fato.

A APP-Sindicato que sempre lutou por uma escola sem racismo e contra qualquer tipo de preconceito e discriminação, vem manifestar apoio e completa solidariedade às manifestações de rua contra o racismo e o fascismo reinante em nossa sociedade, onde milhares de pessoas, mesmo se expondo ao risco da pandemia, não se omitem nesse importante momento.

Nessa trajetória a APP-Sindicato reafirma seu compromisso de Educar para uma Sociedade Sem Racismo e propomos:

1) Engrossando as fileiras dos movimentos que estão denunciando o racismo estrutural e todas as formas de
preconceitos e discriminações;

2) Ampliar em nosso veículos de comunicação espaços de formação e registro de denúncia contra o racismo;

3) Fortalecer a atuação sua secretaria estadual e regionais de combate ao racismo e promoção da igualdade racial, bem e do seu Coletivo de Combate ao Racismo, para ampliar ainda mais a integração da Entidade nesse processo de lutas;

4) Potencializar nossa atuação nos conselhos de defesa de direitos das maiorias minorizadas.

Enfim, em nosso permanente movimento em defesa da escola pública, mantemos a luta intransigente por uma escola pública, laica, democrática, para todos(as), com uma atenção especial à uma escola livre do racismo e
de todas as formas de preconceitos e discriminações.

Na luta contra o racismo não basta não ser racista, é preciso ser antirracista.

Quem luta, educa.Vidas Negras Importam.