29 motivos para o(a) educador(a) paralisar as atividades nas escolas dia 29 de abril

Ato regional será na Praça da Paz, em Foz do Iguaçu, com concentração a partir das 8h; ônibus para a mobilização sai domingo, 28, à noite.

O dia 29 de abril está no calendário anual de mobilizações dos(as) educadores(as) do Paraná. A data, que remete ao massacre ordenado por Beto Richa (PSDB) contra a categoria, carrega simbolismo semelhante ao “30 de Agosto”, outra repressão violenta que marca a história de luta de professores(as) e agentes educacionais.

Paralisar a atividades nas escolas no dia 29 de abril significa que os(as) educadores(as) não se intimidam e não se submetem à violência e ao arbítrio.

Aderir à mobilização em 29 de abril é uma demonstração de união da categoria, de solidariedade e respeito aos(às) colegas da educação que, no Centro Cívico, em 2015, sofreram covardes agressões de policiais, ataques de cães, disparos e bombas lançadas de helicóptero.

A paralisação no dia 29 de abril representa que a luta em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade pulsa firme e é um compromisso defendido por cada professor(a), pedagogo(a) e funcionário(a) de escola.

Suspender as aulas e participar dos atos regional e estadual promovidos pelo sindicato equivalem a dizer ao Governo do Paraná que a categoria quer seus direitos respeitados e efetivados

Não são apenas tiros e bombas que massacram a educação. Negar o reajuste a que todos(as) os(as) trabalhadores(as) têm direito também é um ataque direto.

Neste dia 29 de abril, os(as) educadores(as) têm 29 motivos para aderir à paralisação e reforçar a luta coletiva:

1) 3 anos de salários congelados. Exigimos 16% de data-base, já!
2) Salário 29,04% abaixo do Piso Salarial Nacional;
3) Funcionários(as) agentes I recebem menos que o salário mínimo regional;
4) Sem concurso público para funcionários(as) há mais de 13 anos;
5) Professores(as) perdem 4 horas-atividade desde 2017;
6) Pedagogos(as) trabalham por hora-relógio, o que aumenta a jornada;
7) Educadores(as) são punidos quando adoecem ou se afastam por motivos previstos em lei;
8) Governo não revoga punições por faltas durante greves anteriores;
9) PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) precarizado e sem planejamento para novas turmas;
10) Licenças especiais acumuladas e sem perspectiva de oferta;
11) Formação (des)continuada e precarizada;
12) Fechamento das salas de apoio e projetos de contraturno;
13) Superlotação de turmas;
14) Professores(as) e funcionários(as) adoecidos e sem atendimento digno pelo SAS;
15) Tecnologia escolar deteriorada e ultrapassada;
16) Sem afastamento e incentivo aos estudos (mestrado e doutorado);
17) Desmonte e burocratização do trabalho pedagógico;
18) Professores(as) PSS sem valorização pela formação;
19) Abandono do programa Profuncionário;
20) Falta de funcionários e pedagogos nas escolas;
21) Ataque à autonomia pedagógica;
22) Supervalorização de índices que não retratam os reais problemas da educação;
23) Por eleições diretas para diretores(as) de escolas;
24) Equiparação do auxílio-transporte entre professores(as) e funcionários(as);
25) Substituição de funcionários(as) e pedagogos(as);
26) Direitos trabalhistas e contagem do tempo de serviço dos servidores PSS;
27) Aumento do auxílio-alimentação dos(as) funcionários(as);
28) Garantia de direitos aos(às) readaptados(as);
29) Respeito aos direitos das aulas extraordinárias;