Governador acaba de desmentir mais uma de suas falácias sobre educação
O Governo Richa é um engodo e a mentira é a sua principal marca. Para justificar a entusiasmada adesão à reforma do ensino médio, imposta ao país por Michel Temer (PMDB), o primeiro escalão do Governo do Paraná difundiu em alto e bom som que a educação viveria no melhor dos mundos em 2018, com a implantação do ensino em tempo integral em algumas escolas paranaenses.
A poucos dias de entrar no último ano de gestão, Beto Richa (PSDB) anuncia que não cumprirá a promessa. Sim, mais um compromisso não cumprido. O aviso já foi dado às chefias dos núcleos regionais (NREs), que devem agora contar a decisão a diretores e comunidades escolares em todo o Paraná.
Laboratório avançado das políticas de desmonte do serviço público e de destruição de direitos, o Governo Richa concentra-se em implantar as mudanças que prejudicam ainda mais estudantes e educadores/as: eliminação de disciplinas, desmonte da EJA (Educação de Jovens e Adultos) e da socioeducação, implementação de currículos não considerados como disciplinas, e, portanto, que não necessitam de professor/as com habilidade específica, entre outras.
Qualquer projeto educacional deve ter como princípio o diálogo e o debate respeitosos e efetivos com as comunidades escolares e com as entidades que representam educadores/as e estudantes.
Projetos impostos, baseados apenas no aumento da jornada escolar, sem um sério debate sobre o currículo e sem os investimentos necessários para a permanência dos estudantes na escola, em equipamentos, na estrutura física e na valorização dos profissionais da educação, não atendem aos reais interesses da sociedade.
A educação em tempo integral deve garantir condições de permanência dos estudantes e professores/as em tempo integral na escola. Sem a ampliação dos investimentos e com a manutenção do sucateamento existente atualmente, a proposta não passa de demagogia, de promessa que não será cumprida. É o que acabou de ocorrer no Paraná governado por Beto Richa.