Protesto em Foz pede a revogação da reforma trabalhista

Mobilização integrou movimento nacional contra reformas e privatizações

A reforma trabalhista acaba com os direitos dos trabalhadores, mas ela não é a única proposta que afeta a população e os serviços públicos. Essa foi a principal denúncia dos integrantes de sindicatos e movimentos sociais, durante protesto nesta sexta-feira (10), no Bosque Guarani. O ato público integrou o Dia Nacional de Paralisação contra as reformas e privatizações.

Os participantes do protesto pediram a revogação da reforma trabalhista, que entra em vigor neste sábado (11). O movimento também destacou que a tentativa de mudança na Previdência representa ameaça grave à aposentadoria. Já a privatização de empresas públicas pretendida pelos governos Federal e Estadual poderá acabar, comprometer ou encarecer serviços públicos essenciais.

Professores da Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) paralisaram as atividades em adesão ao ato nacional e os técnicos da universidade iniciaram greve por tempo indeterminado. Os trabalhadores em transporte rodoviário fizeram paralisação parcial das atividades, restringindo a circulação dos ônibus.

Represententes de sindicatos e movimentos sociais pediram a revogação da reforma trabalhista - foto APP-Sindicato/Foz
Sindicatos e movimentos sociais pediram a revogação da reforma trabalhista – foto APP-Sindicato/Foz

A presidenta da APP-Sindicato/Foz, Cátia Castro, lembrou que atividade representou a continuidade das greves e paralisações que estão acontecendo o ano todo. “Foi mais um momento para mobilizarmos os sindicatos e movimentos sociais, dialogar e convidar a população a participar desse processo de resistência pelos direitos sociais e trabalhistas”, afirmou.

Unidade

O ato público em Foz do Iguaçu foi convocado e organizado pela Unidade Sindical e Popular, colegiado que reúne dezenas de organizações. O protesto foi um movimento unificado contra as reformas e as privatizações e reuniu representantes dos sindicatos de trabalhadores dos setores público e privado.

O movimento contra as reformas e as privatizações em Foz do Iguaçu teve a participação da Sindicato dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade, Sindicato dos Bancários, Sesunila/Andes, Sinprefi e Sismufi. Também integraram o ato a APP-Sindicato/Foz, Sinditest, Sindicato dos Rodoviários e Sinefi.

Contra a retirada de direitos

Cátia Castro, presidenta da APP-Sindicato-Foz - foto APP-Sindicato-Foz

“A reforma trabalhista é o fim dos direitos que a classe trabalhadora obteve com muita luta, retira o mínimo de garantias conquistadas. E a reforma da Previdência já retornou à pauta do governo. Se for aprovada, vai decretar o fim da aposentadoria dos trabalhadores”. Cátia Castro, APP-Sindicato/Foz

Arildo Onório, presidente do Sindicato dos Bancários - foto APP-Sindicato-Foz

“O governo quer acabar com os direitos trabalhistas, mas os ataques não param por aí. É preciso a unidade de todos os trabalhadores e sindicatos contra as demais reformas e as privatizações. O programa de demissão da Caixa, por exemplo, causou a demissão de 9 mil trabalhadores”. Arildo Onório, Sindicato dos Bancários

aldevir

“O Brasil é um país rico, mas o povo está cada vez mais pobre, pois o governo golpista está a serviço dos poderosos. O gás de cozinha e os combustíveis aumentam semanalmente. Querem privatizar até a Casa da Moeda. Os trabalhadores precisam reagir”. Aldevir Hanke, Sismufi

elaine

“Os sindicatos e movimentos sociais deram mais um grito de luta e resistência. Temos que continuar denunciando que a reforma trabalhista vai cortar salários, obrigar as pessoas a trabalhar por 12 horas e impor as terceirizações contra trabalhadores”. Elaine Ribeiro, Sinprefi

warner

“O Governo Temer ataca os trabalhadores de todas as formas e tenta dividir as categorias ao dizer que o
funcionários do setor privado possuem privilégios. A intenção é acabar com os direitos e serviços públicos, como educação, saúde, entre outros”. Warner Lucas, Sinditest

ivonei

“Será o último dia da CLT, tal qual a conhecemos. O governo elegeu os trabalhadores  como os vilões do país para retirar todos os direitos. Agora virão as demissões em massa para contratar pessoas pela metade dos salários, tanto no setor público como no privado”. Ivonei Gomes, Sinditest/Paraná

fran

“Muitos ataques serão irreversíveis se não fortalecermos as mobilizações. O Governo Temer já congelou os salários dos servidores federais e ataca as universidades cortando investimentos, inviabilizando o funcionamento de instituições como a Unila”. Fran Rebelatto, Sesunila/Andes

silvio

“O movimento em Foz dá sequência às lutas contra as reformas que retiram direitos. O ato pede a anulação da reforma trabalhista, é contra a reforma da Previdência e contra as terceirizações, além de denunciar a venda do patrimônio público”. Silvio Borges, APP-Sindicato/Foz

vilson

“A vigência da reforma trabalhista é um dos dias mais tristes para os trabalhadores. O Brasil perde em termos de respeito à dignidade humana e deixa de considerar o trabalhador como gente, pois ele terá de trabalhar a qualquer hora, por qualquer salário”. Vilson Martins, Sindicato dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade

marcelo

“Está aberta a servidão moderna, pois é isso que a reforma trabalhista representa. Se a reforma da Previdência for aprovada, vamos trabalhar até morrer, sem se aposentar. Os governos também estão vendendo por preço muito barato empresas como a Copel, Sanepar, as companhias de energia elétrica, o petróleo”. Marcelo Lago, Sinefi