APP-Sindicato/Foz integrou o ato público em repúdio ao ataque de Bolsonaro contra as garantias sociais e o sistema de proteção trabalhista.
Integrando a mobilização ocorrida em várias cidades brasileiras, Foz do Iguaçu sediou nesta terça-feira, 22, ato público em defesa dos direitos sociais e da Justiça do Trabalho. O protesto, convocado pela direção do Fórum da Justiça do Trabalho de Foz do Iguaçu, aconteceu na sede do órgão e suspendeu as atividades agendadas no local para o início da tarde.
Participaram do ato servidores(as) da Justiça do Trabalho, juízes (as), promotores(as) e advogados(as) trabalhistas; trabalhadores(as) e representantes sindicais dos setores público e privado e de entidades de classe. Educadores(as) da base da APP-Sindicato/Foz somaram forças contra os ataques do Governo Bolsonaro que visam maximizar os lucros do capital e do grande empresariado.
O juiz Sandro Augusto de Souza, diretor do Fórum da Justiça do Trabalho de Foz do Iguaçu, enfatizou que se avançar a proposta do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de extinguir a Justiça Trabalhista, os(as) trabalhadores(as) não terão a quem recorrer para defender os seus direitos. Essa instância, disse, é responsável pela mediação dos conflitos do trabalho.
“Acabar com os direitos dos(as) trabalhadores(as) e com os órgãos que o protegem é maximizar os lucros ao custo da exploração e do aumento das desigualdades”, apontou o juiz Sandro Augusto de Souza, durante o ato público em Foz do Iguaçu.
Em defesa dos direitos
Presidenta da APP-Sindicato/Foz, Cátia Castro defendeu a união dos sindicatos, movimentos sociais e trabalhadores(as) em defesa da Justiça do Trabalho, da educação, da saúde, do emprego decente, do salário digno e da democracia. Em sua fala durante a manifestação no Fórum da Justiça do Trabalho de Foz do Iguaçu, a dirigente denunciou que a exploração contra os(as) trabalhadores(as) é ainda mais brutal às mulheres.
“As relações de trabalho não são iguais ou justas, pois o objetivo do capital e dos governos a seu serviço é a exploração da mão de obra para obter lucros”, disse. “E essa exploração é ainda mais grave no caso das trabalhadoras, especialmente das mulheres negras. São submetidas a longas jornadas, à precarização e a à informalidade. Na educação, por exemplo, as funcionárias de escola recebem os salários mais baixos do Governo do Paraná”, ressaltou.
OAB em defesa da Justiça do Trabalho
Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/Foz), o advogado Neandro Lunardi disse que a Justiça do Trabalho é parte integrante do Poder Judiciário brasileiro, instância que oferece recurso para trabalhadores(as) formais e informais, assim como para empregadores(as). Durante o ato público, ele leu uma nota da subseção iguaçuense da OAB.
“A medida [de extinção da Justiça do Trabalho] é inoportuna e carece de sensibilidade”, frisou Neandro Lunardi. “A Justiça do Trabalho é promotora de desenvolvimento social, dignidade humana e da pacificação. A OAB/Foz está à disposição para fortalecer a luta contra a sua extinção ou tentativa de fragilização”, completou.