Homenagem: o caminho encantado de Danto

O corpo do estudante Vicente Giardina, o Danto, foi encontrado nas proximidades da cidade argentina de Eldorado. Venezuelano, estudante do curso de Cinema e Audiovisual, na UNILA, Danto tinha 26 anos e estava desaparecido havia seis dias. Em nota, a universidade informou que seu corpo, encontrado no rio Paraná, foi levado para autópsia na cidade de Posadas (Argentina), devendo ser liberado na quarta-feira, 2.

Militante social, comunista, internacionalista, Danto veio para Foz do Iguaçu para estudar, movido pelos mais generosos ideais e cultivando os melhores sonhos: contribuir para a integração dos povos latino-americanos por meio da linguagem artística e política do cinema. Tinha planos de futuro. Terminava o curso universitário e pretendida trabalhar na área. Com os/as companheiros/as de Ciudad del Este, Paraguai, organizava um encontro internacional de caráter popular e anticapitalista.

Danto
Danto participou de trabalhos em comunidades. Na foto, na biblioteca CNI, preparação para sessão de cinema

Em Foz do Iguaçu, Danto percorreu a estética do Teatro do Oprimido, de Augusto Boal. Também encenou filmes e ajudou a produzir obras audiovisuais independentes. Militou pelos direitos humanos e atuou em projetos sociais em comunidades e escolas públicas. Pretendia realizar um festival de cinema de abrangência trinacional, “desde abajo”, como dizia, sinalizando que para ele o cinema era um instrumento de organização comunitária, em oposição