10 motivos para o(a) educador(a) ser contra a reforma da Previdência e aderir à Greve Geral

Em Foz do Iguaçu e região, a APP-Sindicato/Foz organiza a greve juntamente com sindicatos e movimentos sociais.

No próximo dia 14 de junho, o Brasil vai parar. De Norte a Sul do país, trabalhadores(as) dos setores público e privado sairão às ruas para defender o direito à aposentadoria e derrubar a proposta de reforma da Previdência que tramita no Congresso Nacional, imposta por Jair Bolsonaro (PSL).

A “reforma” de Bolsonaro, na realidade, não reforma nada. É apenas um ataque aos direitos dos(as) trabalhadores(as) para beneficiar o grande empresariado, o agronegócio e o sistema financeiro. Essa fórmula é velha conhecida: sem saída para a crise, o governo impõe a conta aos(às) trabalhadores(as).

Os(as) educadores(as) e o conjunto de servidores(as) públicos são os profissionais mais prejudicados com a eventual aprovação da reforma da Previdência. As mulheres, os(as) trabalhadores(as) rurais e os setores mais pobres da população também serão duramente penalizados.

Por isso, é preciso ir à luta. Leia o material produzido pelo sindicato (clique aqui para baixar a versão em PDF), debata com os colegas e com a comunidade escolar.

Não esqueça: dia 14 é Greve Geral em defesa da aposentadoria!

1- IDADE MÍNIMA
65 anos (homens) e 62 anos (mulheres); A partir de 2024, a idade mínima vai aumentar, de acordo com a expectativa de vida da população medida pelo IBGE.

2 – TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
A PEC acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição.

3 – MÉDIA SALARIAL
O cálculo para o valor do benefício passará a contabilizar todos os salários e não mais os 80% mais altos, como é hoje.

4 – PROFESSORES(AS)
Professores(as) serão uma das categorias mais penalizadas. A PEC prevê idade mínima obrigatória para a aposentadoria da categoria de 60 anos para homens e mulheres e aumenta o tempo mínimo de contribuição para 30 anos.

Quem cumprir esses requisitos terá direito a 80% do valor do benefício. Para ter direito a 100% do benefício é preciso contribuir durante 40 anos.

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Participação dos educadores(as) na Greve Geral foi decidido em assembleia

5 – TRABALHADORES(AS) RURAIS
20 anos de contribuição e idade mínima de 60 anos para homens e mulheres. As famílias rurais terão de contribuir com, no mínimo, R$ 600 ao ano, mesmo se não produzirem.

6 – SERVIDORES(AS) PÚBLICOS(AS)
Idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para as mulheres. Para receber o valor integral, os(as) servidores(as) terão de contribuir por pelo menos 40 anos. Aumenta a contribuição dos atuais 11% para até 22%.

7 – REGIME DE CAPITALIZAÇÃO
Bolsonaro também quer implementar no Brasil o regime de capitalização da Previdência, que valerá para trabalhadores(as) que entrarem no mercado de trabalho.

A capitalização prevê que cada trabalhador(a) faça a própria poupança, que é depositada em uma conta individual. Hoje, trabalhador(a) e o patrão contribuem com o INSS.

É uma “poupança” que é administrada e garantida pelo Estado. Com a capitalização, a “poupança” é feita apenas pelo trabalhador(a) e a administração dos recursos será feita pelos bancos. Se o banco investir mal, o prejuízo será do(a) trabalhador(a).

8 – PENSÃO POR MORTE
Diminui para 50% o valor da pensão por morte dos(as) cônjuges e órfãos(ãs). No caso de viúvos(as), a proposta prevê 10% a mais para cada dependente.

9 – BPC
A idade mínima do Benefício de Prestação Continuada (BPC), no valor de um salário mínimo por mês pago a idosos(as) e pessoas com deficiência em situação de miserabilidade, passa de 65 para 70 anos

10 – MULHERES
As mulheres também estão entre as mais prejudicadas com a reforma da Previdência de Bolsonaro, que acaba coma a aposentadoria por tempo de contribuição, obriga as mulheres a se aposentarem com, no mínimo, 62 anos de idade, e aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 20 anos.

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