Greve integra mobilização nacional contra reformas de Michel Temer
Nenhum direito a menos foi a frase que ecoou pelas ruas e avenidas de Foz do Iguaçu durante a Greve Geral, realizada nesta sexta-feira, 30. Milhares de trabalhadores/as de várias categorias profissionais cruzaram os braços e participaram do movimento nacional contra as reformas da Previdência e trabalhista. Cerca de 80% das escolas estaduais paralisaram as atividades.
O ato público teve início no Zoológico Bosque Guarani, seguido de passeata pelas ruas centrais. Educadores das redes municipal, estadual e federal, servidores públicos de diversas categorias, eletricitários, comerciários, bancários, rodoviários, trabalhadores/as em turismo, movimento estudantil e a juventude fortaleceram o ato conjunto, organizado por entidades sindicais e populares.
O comércio da Avenida Brasil, principal via da cidade, fechou as portas durante a passagem da manifestação. Com panfletos distribuídos para a população e intervenções no carro de som, os participantes da greve denunciaram que as reformas de Michel Temer visam transferir para os trabalhadores/as o ônus da crise política e econômica do país.
O presidente da APP-Sindicato/Foz, Diego Valdez, explicou que a greve também é um movimento de enfrentamento ao Governo Beto Richa. “O governador vale-se do discurso de crise para aprofundar os ataques contra os servidores/as, chegando a anunciar um novo pacote de maldades para breve. Com a greve, acumulamos forças sociais para resistir às medidas de Beto Richa”, destacou.
Mobilização popular
A secretária de Formação da APP-Sindicato/Foz, Cátia Castro, ressaltou que cabe aos trabalhadores/as se organizarem para defender os direitos sociais e trabalhistas que estão ameaçados. Para a dirigente sindical, é preciso derrotar o Governo Temer nas ruas para impedir que as reformas avancem e retirem conquistas obtidas com muita luta.
Para a educadora, o povo brasileiro não deve esperar que as instituições punirão os crimes governistas. “Esse governo tomado pela corrupção não vai ser derrubado pela justiça ou pelo Congresso Nacional. Só os trabalhadores/as nas greves, nos movimentos e nas ruas conseguirão derrotá-lo e impedir o avanço dessas reformas contra o povo”, enfatizou Cátia Castro.
O representante do MSP (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Paraguai) e da Via Campesina, Firmino Cruz, defendeu a união das forças para impedir retrocessos. “Trouxemos a nossa solidariedade aos trabalhadores/as brasileiros/as, pois temos de unir forças contra os governos neoliberais que retiram direitos importantes do povo”, frisou.
Histórico
A Greve Geral é a terceira mobilização unificada realizada este ano em Foz do Iguaçu contra as reformas defendidas pelo Governo Federal. Os protestos e paralisações aconteceram em 15 de março, 28 de abril e 30 de junho. Integrantes dos movimentos sindical, popular e estudantes iguaçuenses ainda participaram do #OcupaBrasília, dia 24 de maio na Capital Federal.