Educadores(as) e estudantes de escolas estaduais, da Unioeste/Foz e da Unila realizam panfletagem e conversam com a comunidade na Feirinha da JK, neste domingo, às 9h. A concentração será na Praça da Paz. Juntamente com a entrega de informativo, serão recolhidas adesões dos visitantes da feira a um abaixo-assinado
O objetivo e informar é mobilizar a comunidade sobre o risco de extinção do ensino de Espanhol na educação básica do Paraná, já no próximo ano. A ação comunitária na feira livre é aberta para todas as pessoas interessadas em contribuir para o movimento e defender a permanência do castelhano na grade curricular da educação paranaense.
Professor de Espanhol e secretário de Finanças da APP-Sindicato/Foz, Silvio Borges explica que a Secretaria Estadual de Educação (SEED) está repassando aos núcleos regionais em todo o estado, a informação de que a rede utilizará somente o Inglês como língua estrangeira no Ensino Médio, a partir de 2020.
Ocorre que a Reforma do Ensino Médio revogou a lei federal que tornava obrigatória a oferta do Espanhol. Isso dá a oportunidade para que o governo estadual avance em seu processo de desmonte da educação, retirando do currículo um idioma que está entre os mais falados no mundo e também constitui fator de integração social, cultural e econômica para o Paraná e os países do Mercosul.
“Ratinho Junior pretende enfraquecer e empobrecer o currículo de nossos estudantes, extinguindo a língua espanhola das escolas estaduais”, denuncia Silvio. “Precisamos resistir, pois essa medida afeta alunos(as) e os(as) professores(as), que poderão ficar sem trabalho”, aponta.
Ainda de acordo com Silvio Borges, o governo pretende acabar com o Celem. “Esses centros hoje são portas de acesso não apenas a estudantes como para toda a comunidade a cursos de idiomas gratuitos, em escolas próximas do local de moradia das pessoas”, enfatiza .
Em Foz do Iguaçu, o Movimento #FicaEspanhol também está estimulando assembleias das comunidades escolares para que elas expressem o interesse pela manutenção do Espanhol na rede estadual de ensino, além do recolhimento de um abaixo-assinado junto à população. Articulação institucional junto aos legislativos municipal e estadual também faz parte da mobilização.