Greve paralisa 90% das escolas estaduais em Foz e região

Paralisação dos educadores é por tempo indeterminado

Os trabalhadores em educação suspenderam as aulas em 90% das escolas da rede estadual de ensino nesta quarta-feira, 15, no primeiro dia da greve da categoria. A paralisação dos educadores é por tempo indeterminado e foi deflagrada em ato público realizado na Praça das Nações (Mitre), reunindo centenas de professores, agentes educacionais e representantes de 13 sindicatos trabalhistas que atuam em Foz do Iguaçu.

O início do movimento dos servidores das escolas estaduais de Foz do Iguaçu e região aconteceu durante a greve geral nacional, desencadeada em quase todos os estados brasileiros. A mobilização reuniu dirigentes de entidades sindicais que representam professores municipais, eletricitários, comerciários, rodoviários, trabalhadores em turismo e servidores do Poder Judiciário, de institutos federais e das universidades públicas.

Centenas de educadores participaram do ato na Praça do Mitre - foto Roger Meireles
Centenas de educadores participaram do ato na Praça do Mitre – foto Roger Meireles

O secretário de Organização da APP-Sindicato/Foz, Silvio Borges Junior, explicou que a paralisação dos educadores integra a mobilização nacional dos trabalhadores contra as reformas da Previdência e trabalhista, propostas pelo governo federal. O dirigente sindical enfatizou, porém, que a greve de professores e agentes educacionais não tem previsão para terminar, já que a pauta inclui reivindicações estaduais.

“Com a reforma da Previdência, o Governo Temer pretende manter educadores com 70 anos de idade trabalhando nas escolas, pois vai acabar com a aposentadoria especial dos professores, aumentar o tempo de contribuição e igualar em 65 anos a idade mínima para homens e mulheres terem direito ao benefício”, ressaltou Silvio. “Não se trata de reforma, mas de desmonte da aposentadoria, um direito de todos os trabalhadores”, completou.

Distribuição de aulas e hora-atividade

Além das reivindicações nacionais, os educadores cobram do Governo do Paraná a edição de uma resolução para a distribuição de aulas que garanta a hora-atividade de 33%, reduzida ilegalmente pelo governo no início do ano. Os servidores ainda exigem o fim das punições aos professores que cumpriram afastamentos em 2016, o cumprimento da lei do piso nacional e o pagamento da reposição salarial decorrente da inflação, a data-base.