Educadores/as realizam panfletagem neste sábado em Foz

Defesa da qualidade do ensino é a principal pauta da mobilização 

No próximo sábado, 24, educadores/as da base da APP-Sindicato/Foz realizam panfletagem em defesa da educação pública e dos direitos dos servidores/as do Paraná. A concentração será às 12 horas, em frente às Lojas Marisa, no Centro de Foz do Iguaçu. Toda a categoria está convidada a participar da atividade.

A mobilização acontece em várias cidades paranaenses, por deliberação da última assembleia do sindicato. O objetivo é dar visibilidade para a pauta da Campanha Salarial 2018 e dialogar com comunidade sobre as medidas tomadas pelo governador Beto Richa que afetam a qualidade do ensino ofertado a adolescentes e jovens.

A campanha salarial deste ano exige reposição da inflação de 12%, revogação dos itens ilegais da resolução de distribuição de aula e correção dos salários para os professores/as PSS. Também pede o pagamento do salário mínimo regional para funcionários/as que hoje recebem abaixo deste valor e cumprimento da lei do piso do magistério, entre outras reivindicações.

O informativo mostra ainda as medidas necessárias para se garantir educação de qualidade e as decisões do governo que jogam contra essa demanda defendida pelas escolas, profissionais em educação e estudantes. O material cita o corte ilegal da hora-atividade, a redução de salários e o calote da data-base, do adoecimento dos educadores e do fim do PDE.

Trabalho decente, reposição e valorização

A Campanha Salarial 2018 acontece com os trabalhadores/as em educação em estado de greve. Os servidores/as exigem que o governador Beto Richa desça do palanque eleitoral e pare de gastar milhões em propaganda para dizer que a educação é prioridade em seu governo e atenda o conjunto de reivindicações da categoria.

A lista de ataque é grande. Os educadores/as estão desde 2016 sem receber a reposição decorrente da inflação. O custo de vida vem aumentando vertiginosamente e os salários dos trabalhadores/as não são reajustados para conter o impacto da inflação. A redução ilegal da hora-atividade faz com que professores/as trabalhem mais, sem aumento da remuneração. O resultado dessa jornada é o adoecimento em massa, que resultam em afastamentos por motivo de doença.

No Paraná, o governo paga remuneração abaixo do Piso Salarial Nacional. Conforme levantamento da APP-Sindicato/Foz, as perdas salarias são de 20%. A redução dos salários dos trabalhadores/as temporários também é um ataque contra o exercício do magistério. Da mesma forma, é um desrespeito sem tamanho o Estado pagar para um agende educacional salário abaixo do mínimo regional, que é de apenas R$ 1.293,60.

A resolução da distribuição de aulas em vigência precisa ser revogada. Ela criminaliza os movimentos da categoria e pune com a retirada de aulas o educador que faltar à escola nos dias de mobilização. O fechamento e a superlotação de turmas, somadas a outras medidas, resulta na perda de trabalho para 20 mil professores PSS.

Baixe em PDF o informativo da Campanha Salarial 2018