Em meio a incertezas sobre o início do ano letivo em função da iminência de greve da categoria, os dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) estão percorrendo as escolas de Foz do Iguaçu e Região para debater, informar e conscientizar os servidores sobre os problemas enfrentados pela escola pública devido ao atual modelo de gestão.
Apenas nesta quinta-feira (05), os representantes sindicais percorreram quase a totalidade das 27 escolas da rede estadual de Foz do Iguaçu. Nas conversas com os educadores, são apontadas as dificuldades vividas no dia a dia escolar. Os problemas mais comuns são a falta de profissionais em todas as áreas, superlotação das salas de aulas, extinção de turmas que provocam listas de esperas para a matrícula, precariedade da infraestrutura física, falta de merenda e sucateamento e dos laboratórios.
Em reunião ampliada do Conselho Regional, o Núcleo Sindical de Foz do Iguaçu foi o primeiro entre as seções do sindicato em todo o Paraná a definir pela greve. Neste sábado (07), em Guarapuava, a Assembleia Estadual poderá deflagrar a paralisação. Na avaliação dos educadores, o Governo do Estado está promovendo um desmonte na escola pública, com cortes de verbas, atrasos e faltas de pagamentos e ataques contra direitos históricos do funcionalismo.
“A greve do ano passado já indicava o descaso do Governador Beto Richa com a educação. Entretanto, desde o final do ano passado até agora, as medidas estão piorando severamente as condições de trabalho dos educadores e poderão comprometer o funcionamento das escolas e salas de aula”, informa Fabiano Severino, presidente da APP-Sindicato/Foz.
DEBATE
Durante toda a semana, o sindicato está realizando mobilizações, protestos e encontros. Agora, em estado de greve, os dirigentes sindicais visitam cada escola localizada nas nove cidades da região, construindo o movimento de paralisação.
A professora