Concentração será às 18h no Bosque Guarani; mobilização acontece com ou sem chuva.
As educadoras do Paraná, assim como todas as mulheres, são as mais prejudicadas pelo modelo de sociedade que reproduz desigualdades. Professoras, pedagogas e funcionárias de escolas fazem longas horas diárias de trabalho e cumprem as chamadas segunda e terceira jornadas, vinculadas a afazeres em casa e junto à família.
Maioria nas escolas paranaenses, as educadoras são as mais afetadas com a escalada de retirada de direitos e ataques contra a educação pública. A redução ilegal da hora-atividade e o aumento da jornada de trabalho (hora-relógio) obrigam professoras e pedagogas a levar para casa e fazer no horário de descanso as atividades educativas.
As funcionárias de escola recebem os menores salários no Governo do Paraná. Apenas a metade é concursada, deixando grande parte das agentes educacionais sem os mínimos benefícios da carreira. A falta de concursos e contratações obriga as funcionárias a aumentar o volume de trabalho, sem acréscimo na remuneração.
Os ataques aos direitos das educadoras estão provocando aumento vertiginoso do adoecimento das profissionais. São doenças diretamente ligadas ao exercício da atividade nas escolas que atingem especialmente as mulheres.
A reforma trabalhista e a terceirização sem limites provocam efeitos perversos às educadoras. São as educadoras as mais afetadas com a proposta de reforma da Previdência de Jair Bolsonaro, em trâmite no Congresso Nacional. Se aprovado o projeto, as educadoras terão que trabalhar mais e contribuir por período maior para obter a aposentadoria.
Por tudo isso, a direção da APP-Sindicato/Foz junto aos demais sindicatos da educação em Foz do Iguaçu – Sesunila, Adunioeste e Sinprefi – convocam educadoras e educadores da base para participarem da Marcha das Mulheres em Foz do Iguaçu nesta quinta-feira, 14.
A mobilização vai acontecer com ou sem chuva. A Marcha das Mulheres é organizada por cerca de 30 coletivos e entidades iguaçuenses. Além do enfrentamento à violência contra a mulher, a marcha defende igualdade salarial, trabalho decente, direitos trabalhistas e aposentadoria.
Por Marielle, por todas as mulheres
Este ano, a marcha tem o lema “Pela vida das mulheres, somos todas Marielle!”. Com a homenagem à vereadora do Rio de Janeiro (RJ), o objetivo é reconhecer e valorizar a trajetória e o trabalho diário de mulheres que enfrentam todas as formas de injustiça e violência.
Nesta quinta-feira, 14 de março, completa um ano da execução de Marielle Franco, sem que o crime tenha sido completamente elucidado. Um ano depois, dois suspeitos estão presos. As autoridades devem dizer ao Brasil quem mandou matar e qual foi o motivo da execução da parlamentear que defendia as causas sociais e combatia todas as violências.
Marcha das Mulheres em Foz do Iguaçu
Data: quinta-feira, 14 de março, às 18h
Concentração no Bosque Guarani