No últimos dias, a imprensa divulgou a notícia sobre o projeto elaborado pelo Governo do Estado e integrantes da base aliada do governado Beto Richa na Assembleia Legislativa. A proposta prevê reposição salarial de 3,45% para o servidores estaduais, a serem pagos em três parcelas, além de antecipar a data-base do funcionalismo para o mês de janeiro, com previsão de repasse do índice de 8,37% em 2016.
Este projeto não beneficia os servidores do Paraná, pois não altera a real diminuição do poder de compra dos salários, resultado da falta de reposição dos índices inflacionários que devem ser aplicados pelo governo aos rendimentos do funcionalismo público, por força de lei.
Além disso, ainda que o governo cumpra a sua promessa, a previsão do índice de R$ 8,37 (IPCA) para o ano que vem não assegura as perdas salarias decorrentes dos intensos ajustes promovidos pelo governos Federal e o governo Estadual, que elevam o custo de vida dos trabalhadores, por meio do aumento do preço da gasolina e de outros produtos da cesta básica e das tarifas de água e energia elétrica, por exemplo.
O projeto de lei, em seu artigo 6º, também estabelece o fim do piso do magistério no Paraná, pois a remuneração mínima passaria a ser paga apenas a quem não o recebe e será aplicado somente no início da tabela (QPM), não estendendo-se aos demais níveis da carreira.
Não obstante, a proposta não será votada na Alep em regime de urgência e sua votação poderá ser encerrada apenas daqui a 25 dias, devido