O Conselho Regional de Greve da APP-Sindicato/Foz, em reunião ampliada, neste sábado, 29, no QG da Greve, deliberou pela defesa da continuidade da greve dos/as trabalhadores/as da educação do Paraná, conforme segue:
1. A base da APP-Sindicato/Foz entende que a proposta do Governo do Paraná não oferece garantias de cumprimento total da pauta categoria, uma vez que o governo pretende deslocar o valor de R$ 1,4 bilhão (previsto na Lei Orçamentária Anual de 2017 para pagamento de promoções e progressões em atraso) para pagar a data-base, quantia insuficiente para quitar integralmente a reposição, que soma R$ 1,9 bilhão. Ou seja, nessa conta, há R$ 500 milhões de diferença que a gestão estadual não informa de onde irá retirar.
2. Além da data-base, o governo propõe negociar os demais itens da pauta financeira. Há que se esclarecer que a promessa é apenas de “abertura de diálogo”, nada além disso.
3. O governo não aceita negociar a reversão da falta do dia 29 de abril, data de luta e memória referente ao massacre sofrido pelos/as educadores/as que foi descontada do salários do funcionalismo.
Desta forma, mesmo que a greve apresente cenário de menor adesão, comparando-se a outras paralisações da categoria, o Conselho Regional de Greve da APP-Sindicato/Foz mantém e enfatiza a decisão de continuar o movimento por coerência e respeito ao trabalho de base aqui realizado, expresso na força e disposição dos/as educadores do Núcleo Sindical de Foz do Iguaçu e Região.
É preciso continuar a greve para obter do governo pelo menos a data para a implementação das promoções e progressões, benefícios que já se acumulam há quase dois anos. A paralisação deve seguir, ainda, para a efetivação integral do auxílio-transporte dos/as agentes I e II e a equiparação dos salários desses/as servidores/as ao salário mínimo regional.
Não existem argumentos para a suspensão da greve. A base da educação tem vigor para a luta e seguirá lutando independentemente do resultado da assembleia estadual.