Sindicato contrapõe-se aos conteúdos voltados para a mercantilização da educação propostos pelo governo
Em contraponto à pauta da SEED, que mais uma vez enfocou a burocratização das atividades educacionais e conteúdos que reforçam a mercantilização do ensino, a APP-Sindicato/Foz promoveu debates durante a Semana Pedagógica sobre os principais desafios e problemas da escola pública. A formação aconteceu quinta-feira e sexta-feira (26 e 27), na rede estadual em Foz e região.
A direção do Núcleo Sindical distribuiu entre a categoria a edição especial do Jornal 30 de Agosto e outros materiais para fomentar a discussão em torno da da pauta dos educadores/as. Nas escolas, dirigentes sindicais participaram de diálogos principalmente sobre as formas de enfrentamento à BNCC (Base Nacional Curricular Comum) e aos ataques do Governo Beto Richa-Cida Borghetti.
A APP-Sindicato/Foz estimulou a reflexão crítica sobre os problemas enfrentados nas escolas decorrentes do projeto de educação implantado pelos governos Estadual e Federal. A pauta trabalhista também foi abordada nos encontros, em temas como a redução ilegal da hora-atividade, o corte de salários, o adoecimento da categoria, o calote da data-base, a falta de concurso público e o desemprego de professores/as PSS.
As cidades da região mobilizaram-se para os debates. Em Missal, a direção da APP-Sindicato/Foz conduziu as discussões em torno da BNCC, pauta específica e conjuntura, com professores/as e funcionários/as. Em Medianeira, professores/as de Educação Física fizeram um amplo debate sobre a bases curriculares impostas pelos governos e a rejeitaram, registrando o debate em uma nota pública (clique para ler).
A Semana Pedagógica é um período para o aperfeiçoamento docente e o planejamento pedagógico para semestre letivo. A formação acontece no início do ano e durante o recesso de julho, em toda a rede estadual de ensino do Paraná.
Controle do NRE de Foz
Contrariando a autonomia que escolas e educadores/as possuem para organizar os conteúdos da Semana Pedagógica, o NRE de Foz promoveu uma verdadeira vigilância nos estabelecimentos de ensino. O objetivo é amordaçar a categoria e envolvê-la na propaganda do governo que diz que a “educação é prioridade”. Esse nível de controle e cerceamento não condiz com a liberdade que deve acompanhar o ambiente escolar e muito menos com os parâmetros mínimos de uma sociedade democrática que permite a pluralidade de ideais.
