APP-Sindicato/Foz reforça preocupação com falta de professores(as) e funcionários(as) na volta às aulas

Imagem: Arquivo/Agência Brasil

Educadores(as) e estudantes também enfrentam problemas estruturais.

A volta às aulas depois do recesso é um momento importante para a educação pública. Porém, no Paraná, significa o retorno a transtornos não solucionados por Ratinho Junior (PSD), enfrentados por educadores(as) e estudantes no dia a dia da escola.

Grave falta de professores(as) e funcionários(as), infraestrutura precária e espaços inadequados resultam em salas superlotadas. Com efeito, o processo de ensino e aprendizagem é prejudicado e os profissionais são submetidos a más condições de trabalho.

A APP reforça a preocupação com esses problemas ocultos da população pela propaganda enganosa do governo. Nesta segunda-feira, 24, mais de 900 mil alunos(as) iniciam o segundo semestre do ano letivo, em mais de 2,1 mil escolas da rede estadual.

Outro grande problema é a militarização da educação pública paranaense, que tenta substituir uma escola humanizada, de convivência social e conhecimento, em um ambiente de medo e opressão. Na contramão do governo federal, Ratinho Junior impõe novas instituições cívico-militares.

A realidade do militarismo nas escolas desmente o discurso do Governo do Paraná. São inúmeros relatos de problemas que afetam os discentes, inclusive de violências sofridas, além de uma concepção e prática pedagógica que reforçam valores autoritários.

Ataques contra a educação

Para a APP-Sindicato/Foz, a falta de concurso público é uma estratégia de destruição da escola pública do governador. O Paraná tem hoje 26 mil profissionais com contratos emergenciais (PSS) e, depois de 10 anos, o governo abre um concurso para pouco mais de 1.000 vagas.

Presidenta do Núcleo Sindical de Foz do Iguaçu, Janete Batista denuncia que as dificuldades são muitas e prejudicam o acesso de estudantes a uma educação de qualidade em sua plenitude. “E no dia a dia os(as) educadores(as) sofrem com a desvalorização, defasagem salarial e falta de condições de trabalho”, elenca.

“Ratinho Junior tem dificuldade de entender que a valorização de professores(as) e funcionários(as) da educação que trabalham e dedicam uma vida inteira a educar os filhos e filhas dos(as) paranaenses”, avalia. “Além de não valorizar quem está nas escolas, os(as) profissionais chegam à aposentadoria empobrecidos, sem assistência digna em saúde e sobretaxados pelo governo”, pontua.

Deputados(as) são cúmplices

Nas últimas semanas, Ratinho Junior fez aprovar projetos na Assembleia Legislativa (ALEP) que não garantem a pauta da categoria. “Essa é uma prova de que deputados(as) da base do governo são culpados, tanto quanto o governador, pelo calote na reposição a que temos direito”, cobra Janete Batista.