Nota de solidariedade aos educadores/as de Belo Horizonte (MG) e de repúdio aos governos Municipal e Estadual

Assista ao vídeo da agressão contra os professores/as

A direção da APP-Sindicato/Foz manifesta apoio e solidariedade aos educadores/as da cidade de Belo Horizonte, violentamente e covardemente reprimidos pela Política Militar de Minas Gerais, durante manifestação em que reivindicavam do prefeito Alexandre Kalil (PHS) a equiparação da carreira da educação infantil à do ensino fundamental.

O direito exigido pelos professores/as em greve, além de medida que valoriza os profissionais e contribui para promover a qualidade do ensino oferecido às crianças da rede pública, foi uma proposta amplamente prometida pelo prefeito durante a sua campanha eleitoral.

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Polícia Militar ataca professores/as que pediam agenda com o prefeito de Belo Horizonte

A manifestação pacífica dos educadores/as, à porta da prefeitura da cidade, pleiteava agenda com o gestor municipal para tratar da demanda. É nesse momento que a polícia estadual, por meio do batalhão de choque, disparou balas de borracha, lançou bombas, sprays de pimenta e gás lacrimogênio contra os professores/as.

Até mesmo o “Caveirão”, nome popular da máquina de guerra usada pela PM, foi lançado contra os servidores/as municipais, na maioria mulheres. Em fotografias e imagens do campo de batalha instalado pela polícia, é possível ver os educadores/as sendo barbaramente atacados, puxados pela rua e presos.

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Educadores/as em greve pedem equiparação da carreira do ensino infantil à do fundamental 

Vale ressaltar que a Política Militar do Estado de Minas Gerais cumpre ordens do governador Fernando Pimentel (PT). Trata-se da mesma prática repressiva contra os movimentos de trabalhadores/as utilizada no Paraná do Governo Beto Richa-Cida Borghetti (PSDB-PP), notadamente durante o Massacre de 29 de Abril, no Centro Cívico, em Curitiba.

A APP-Sindicato/Foz repudia a ação violenta da Polícia Militar mineira e a truculência da administração municipal de Belo Horizonte. O Núcleo Sindical de Foz do Iguaçu da APP denuncia, também, a prisão arbitrária dos dirigentes sindicais, arbitrariedade própria dos períodos de exceção.

Lutar não é crime!

Foz do Iguaçu, 24 de abril de 2018.

A direção da APP-Sindicato/Foz