Cláudia Pereira acompanhou o governo e votou contra os trabalhadores/as
O governador Beto Richa (PSDB) mandou, os deputados/as estaduais do Paraná obedeceram: os salários dos servidores/as estão congelados pelos próximos dois anos. O placar foi de 27 votos favoráveis ao mais recente ataque do governo, contra 14 em defesa dos direitos dos funcionalismo paranaense.
O projeto de lei n° 556/2017, de autoria de Beto Richa, não permite aumento das despesas primárias correntes do Poder Executivo. Ficam congelados, portanto, salários e benefícios dos servidores/as previstos em lei, recursos para custeio e investimentos em políticas públicas.
Nem mesmo a reposição para compensar as perdas inflacionárias escapam do corte promovido por Beto Richa e sua base de deputados estaduais.
A medida reflete a opção preferencial de Beto Richa pela retirada direitos dos servidores/as do Paraná, a partir da truculência e das violências física e simbólica contra os trabalhadores/as do serviço público. Essa receita vem sendo meticulosamente implantada, principalmente no segundo mandato do tucano.
Mais que isso, o Paraná tornou-se uma espécie de laboratório avançado para a implementação de medidas contra o serviço público e a população, pensadas, concebidas e propaladas pelos tecnocratas do governo de Michel Temer (PMDB), a serviço do capital.
Explica-se: o congelamento de investimentos sociais e arrochos assentam em medidas como a “PEC 241/EC 95”, o “PLP 257”, entre outras. Elas retiram recursos e congelam investimentos em áreas essenciais para a população, como educação e saúde, para o governo pagar juros da dívida aos banqueiros.
Beto Richa, caloteiro
O congelamento de salários oficializado agora por Beto Richa não chega a causar surpresas. Desde as paralisações dos educadores/as, iniciadas em 2015, o governador não cumpre os acordos de greve e nem a legislação. A data-base era para ser paga em 2016, Richa não cumpriu. A lei estadual determinava reposição da inflação em 2017, Richa não cumpriu.
A lei não vale para Beto Richa. Ele tem a justiça e os órgãos de controle a seu favor, graças a mordomias concedidas a esse seletíssimo grupo de agentes públicos.
Com isso, o governador deixa de cumprir a lei da data-base, a lei da hora-atividade e todas as normativas sobre distribuição de aulas, licenças e tantas outras garantias dos trabalhadores/as da educação violadas pelo governo com a conivência dos operadores da lei.
Corrupção
Enquanto pratica sua cartilha fundamentalista contra os servidores/as do Paraná, Beto Richa mergulha em denúncias de corrupção. Entre as mais graves, está a que aponta o governador como o principal beneficiário dos desvios investigados pela Operação Quadro Negro.
O esquema teria causado o prejuízo de R$ 20 milhões destinados para a construção de escolas em várias cidades.
Na base de aliados
Deputada com domicílio eleitoral em Foz do Iguaçu na eleição de 2014, a deputada Cláudia Pereira (PSC) votou contra os servidores/as, demonstrando novamente sua fidelidade ao governador Beto Richa.
Entre os educadores/as, Pereira é conhecida como “Cláudia Camburão”, referência ao episódio em que parlamentares foram levados em uma viatura policial para votar pela retirada de direitos do funcionalismo.
Pré-candidato ao governo, Ratinho Junior (PSD) não votou para evitar desgastes. Ele liberou os deputados/as dos seus dois partidos, o PSC e o PSD, para acompanharem Beto Richa no ataque contra os servidores/as.
VOTARAM CONTRA OS SERVIDORES
ALEXANDRE CURI – PSB
ALEXANDRE GUIMARÃES – PSD
ANDRE BUENO – PSDB
BERNARDO RIBAS CARLI – PSDB
CLAUDIA PEREIRA – PSC
COBRA REPÓRTER – PSD
EVANDRO JUNIOR – PSDB
FELIPE FRANCISCHINI – SD
FERNANDO SCANAVACA – PDT
FRANCISCO BÜHRER – PSDB
GILSON DE SOUZA – PSC
GUTO SILVA – PSD
HUSSEIN BAKRI – PSD
LUIZ CLAUDIO ROMANELLI – PSB
MÁRCIO NUNES – PSD
MÁRCIO PAULIKI – PDT
MARIA VICTÓRIA – PP
Miss. RICARDO ARRUDA – PEN
NELSON JUSTUS – DEM
PAULO LITRO – PSDB
PEDRO LUPION – DEM
PLAUTO MIRÓ – DEM
REICHEMBACH – PSC
SCHIAVINATO – PP
STEPHANES JUNIOR – PSB
TIAGO AMARAL – PSB
TIÃO MEDEIROS – PTB
