Ato na Feira Livre: educadores/as relembram Massacre de 29 de Abril

Ação na Feira Livre da JK contou com panfletagem e conversa com a população

Educadores/as da base da APP-Sindicato/Foz realizaram atividade para marcar os três anos do Massacre de 29 de Abril, neste domingo, na Feira Livre da JK, em Foz do Iguaçu. Os servidores/as distribuíram informativos e conversaram com a população sobre a repressão violenta contra os trabalhadores/as da educação, coordenada pelo Governo Beto Richa-Cida Borghetti (PSDB-PP)

Na feirinha, tradicional ponto de encontro dominical de moradores de Foz do Iguaçu e turistas, também foi instalado o Mural da Vergonha. A exposição reúne fotografias que mostram educadores/as machucados após a covarde ação policial que deixou mais de 200 pessoas feridas e envolveu pelo menos 2.500 policiais, incluindo forças especiais de segurança.

O Massacre de 29 de Abril foi uma resposta violenta do governo aos educadores/as, estudantes e demais servidores/as estaduais que protestavam no Centro Cívico contra o projeto para confiscar o fundo de previdência do funcionalismo. A manifestação também questionava os ataques à carreira e o Pacote de Maldades de Beto Richa, que aumentava impostos de milhares de produtos básicos, como alimentos e remédios.

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Educadores/as distribuíram panfletos e conversaram com a população 

“Estamos aqui para fazer memória e lembrar quem foram os responsáveis pelo massacre contra os educadores/as”, disse Cátia Castro durante o ato. “Foi uma ação de Beto Richa para tomar o fundo da previdência do servidores/as dentro de um projeto maior que quer acabar com a aposentadoria de todos os trabalhadores/as do Brasil”, disse.

Ao lado de Beto Richa

Durante o ato na Feira da JK, os educadores/as lembraram que a deputada estadual Cláudia Pereira (PSC), que tem domicílio eleitoral em Foz do Iguaçu, não sensibilizou-se com a violência que sofriam os trabalhadores/as no lado de fora da ALEP e votou a favor de Beto Richa e contra os servidores/as. Dias antes, a parlamentar entrava para a história como integrante da Bancada Camburão.

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Moradores/as de Foz e turistas visitaram a exposição Mural da Vergonha

Culpados

Três anos após o Massacre de 29 de Abril, ninguém foi punido pela violência cometida durante a operação que custou aos paranaenses cerca de R$ 1 milhão. O ex-governador Beto Richa é o principal responsável pela barbárie no Centro Cívico, juntamente Fernando Franscischini (PSL), o então secretário de Segurança Pública e organizador da Bancada Camburão.

Quando a violência começou em 29 de abril de 2015, Ademar Traiano (PSDB), presidente da ALEP, respondeu aos que pediam a suspensão da sessão: “A bomba não é aqui dentro. Então, vamos votar”. O deputado estadual Ratinho Junior (PSD) comandava a maior bancada da Assembleia Legislativa, com 12 deputados/as do PSC. Ele liberou os parlamentares/as para votar com Beto Richa e contra a população.

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