#EleNão: ato Mulheres unidas contra Bolsonaro acontece neste sábado em Foz

Movimento pacífico é organizado por mulheres em todo o Brasil

Foz do Iguaçu integra a lista das cidades brasileiras que promovem o ato “Mulheres unidas contra Bolsonaro”, neste sábado, 29 de setembro. A mobilização pacífica e suprapartidária denuncia e repudia as manifestações de violência, desrespeito, racismo e homofobia do candidato do PSL à Presidência da República nas eleições deste ano.

A concentração para o ato em Foz do Iguaçu será às 10h, na praça em frente ao Zoológico Bosque Guarani, perto do Terminal de Transporte Coletivo. A manifestação é aberta para a participação de todas as mulheres e homens que são contra a misoginia, a homofobia e o racismo.

“Movimento político suprapartidário e pacífico direcionado a todas aquelas e aqueles que queiram fazer frente ao fascismo que tenta incessantemente ascender no nosso país”, expõe o convite para o evento, veiculado nas redes sociais.

Com altos índices de rejeição medidos pelos institutos de pesquisas, o candidato do PSL tem a forte oposição das mulheres brasileiras por seu histórico de ataques machistas, homofóbicos e por suas declarações preconceituosas. Mas a rejeição decorre principalmente do posicionamento político do postulante ao Palácio do Planalto.

Como deputado federal, o capitão da reserva do Exército votou contra a lei que assegurou direitos mínimos a empregados(as) domésticos(as), criminaliza o aborto, persegue a população LGBT e já admitiu que mulheres podem receber salários menores do que os homens, exercendo a mesma função.

Afeito a prebendas do poder, recebeu auxílio-moradia, tendo casa; mantinha “funcionária fantasma”, demitida após denúncia na imprensa. O presidenciável, sempre que pode, homenageia um dos mais atrozes torturadores do período da ditadura civil-militar no Brasil, defende uma sociedade beligerante e armada, e diz que policial que matar em serviço deve ser condecorado.

O militar aposentado, parlamentar há três longas décadas, se apega à onda ultraconservadora que emergiu com força na crise do Brasil golpeado para ganhar visibilidade eleitoral. Por trás da defesa dos “valores da família” e dos “princípios cristãos”, defende uma pauta muito clara: a retirada dos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, o corte dos serviços públicos e o aumento dos impostos entre os mais pobres.

O deputado federal já foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro a indenizar em R$ 150 mil o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, do Ministério da Justiça, por danos morais. Ele fez declarações homofóbicas à TV. Acusado de incitar o estupro contra uma parlamentar, o candidato a presidente pelo PSL foi condenado a pagar indenização, em decisão do Supremo Tribunal Federal.

A mobilização “Mulheres unidas contra Bolsonaro” ganha as ruas e segue se expandindo pelas redes sociais e aplicativos na internet, com a campanha #EleNunca #EleNão. No Facebook, a página do movimento ultrapassou mais de 3 milhões de seguidoras(es).