Educadores/as de Foz participam de reunião em defesa dos PSSs

Servidores/as participam de encontro em Curitiba com PSSs de todo o Paraná

Atenção: A APP-Sindicato/Foz solicita que as escolas informem casos em que não obtenham a substituição de pedagogos/as e agentes.

Os educadores/as Joyce Hickmann, Didie Jeronimo de Matos e Gabriel Gil representam a APP-Sindicato/Foz em atividades com servidores/as PSS de o Paraná para definir formas de enfrentar os mais recentes ataques do Governo Richa contra os trabalhadores/as temporários.  O encontro promovido pela direção estadual da APP aconteceu em Curitiba, nesta segunda-feira (13). Após a reunião da categoria, os educadores/as realizaram manifestação na Secretaria Estadual de Educação.

Na semana passada, o Governo do Estado, por meio da Coordenação de Processo Seletivo Simplificado (PSS), determinou o cancelamento das renovações e novos suprimentos a partir do dia 6 de novembro de 2017. Após a reação da categoria, mobilizada em torno da defesa da chamada “pauta legal”, o governo decidiu suspender a medida temporariamente.

Entretanto, o cancelamento temporário da suspensão dos suprimentos está sendo aplicado apenas aos professores/as, pois o governo continua negando-se a fazer a recolocação de pedagogos/as e funcionários/as das escolas. Significa dizer que nas escolas em que ocorrer alguma renovação dos atestados médicos dos pedagogo/as e agentes, não haverá substituição desses profissionais.

Conforme a presidenta da APP-Sindicato/Foz, Cátia Castro, a suspensão da medida anunciada pelo governo é para enganar a população. “O Estado faz o suprimento só de professores/as, pois assim não há dispensa dos alunos/as ou falta de aulas, que é uma situação mais visível para os familiares dos estudantes, e a população não fica sabendo da precarização e da falta de educadores/as nos demais setores das escolas”, afirma.

Educadores/as de Foz mobilizados com PSSs de todo do Paraná - foto Divulgação
Educadores/as de Foz mobilizados com PSSs de todo do Paraná – foto Divulgação

“O governo continua a negar suprimento para pedagogos/as se a escola conseguir manter pelo menos um profissional por turno”, explica Cátia Castro. “Com isso, um pedagogo/a acaba assumindo demanda dobrada de trabalho, levando à sobrecarga e ao adoecimento, além desrespeitar o já insuficiente critério do porte das instituições”, frisa.

A secretária Educacional da APP-Sindicato/Foz, Greici Pereira, lembra que em outubro o governo emitiu documento suspendendo qualquer substituição de pedagogos nas escolas com pelo menos um profissional por turno. “Na prática, os pedagogos/as não efetivos estão sendo demitidos, processo que está sendo oficializado por meio dos recursos humanos”, denuncia.

Redução de salários

Outro ataque contra os PSSs que vem sendo desenhado pelo Governo do Estado trata da redução dos salários dos servidores/as temporários. Embora a gestão estadual não confirme, um estudo realizado pelo governo aponta medidas para cortar o valor das remunerações dos trabalhadores/as não concursados.

Governo quer reduzir salários e gerar desemprego entre os PSSs - foto Divulgação
Governo quer reduzir salários e gerar desemprego entre os PSSs – foto Divulgação

Se avançar, a proposta constituirá um ataque duro e covarde contra um segmento que já sofre com precárias relações de trabalho impostas pelo governo, que não garantem os direitos mínimos consagrados na carreira dos educadores/as do Paraná. Vale dizer que em 2017, cerca de 10 mil educadores/as PSS ficaram sem trabalho, efeito da “Resolução da Maldade” de Beto Richa (PSDB).